Esse biscoito é a paixão dos brasileiros, traz muitas lembranças da infância, esses biscoitos são fáceis de fazer, ainda mais quando toda a família ajuda, rodeando o fogão, rindo alto e vivendo a vida, como deve ser vivida!
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Rendimento: 60 biscoitos
Tempo de preparo: médio
Validade: 5 dias em pote hermético
Ingredientes
MASSA
7 xícaras (chá) + 2 ½ colheres (sopa) / 1Kg farinha de trigo
1 colher (sopa) / 12g fermento em pó
½ xícara (chá) / 100g manteiga sem sal
3 unidades / 150g ovos
1 xícara (chá) / 240mL leite integral
1 xícara (chá) / 200g açúcar refinado
1/2 colher (chá) / 2g sal
1 colhr (sopa) / 15mL anisete
1 colher (sopa) / 10g sementes de erva doce
Raspas de 2 limões
PARA FINALIZAR
Açúcar refinado, quanto baste.
Canela em pó, quanto baste.
Óleo de milho, canola ou girassol, quanto baste.

Modo de preparo
- Em uma tigela grande junte a farinha, sal, açúcar, fermento e raspas de limão, misture e faça um buraco no centro da mistura, reserve.
- Quebre os ovos em uma tigelinha, bata rapidamente com um fouet e junte à mistura de secos, misture.
- Em uma panela junte o leite com as sementes de erva doce e a manteiga, aqueça até iniciar fervura, tampe e aguarde 5 minutos para infusão e junte à massa, se desejar, coe para retirar as sementinhas.
- Trabalhe a massa até misturar grosseiramente os ingredientes e então adicione o licor de anis e amasse até formar uma massa macia e homogênea.
- Polvilhe uma superfície com farinha de trigo e abra a massa com auxílio de um rolo com pelo menos 0,2 cm de espessura, corte em tiras de 11×3 cm e em cada tira faça um corte central.
- Abra o corte no centro das tiras e passe uma das pontas.
- Em uma tigela junte o açúcar e a canela, misture e reserve.
- Aqueça o óleo a 180 °C e frite os biscoitos até ficarem dourados, retire com o auxílio de uma escumadeira ou pinça, coloque sobre papel toalha para escorrer o excesso de óleo e então passe pela mistura de açúcar com canela.
- Sirva com café ou mantenha em pote hermético por até 5 dias.
Dicas
O crostoli [ou galani] também é conhecido na Itália como latogue, frappe, sfrappole, bugie – dependendo da região onde é feito; cueca virada, crustoli ou orelha/língua de gato aqui no Brasil, angel wings nos Estados Unidos, krustai ou zagareliai no Líbano e bugnes na França.
As receitas variam e aqui no Brasil a massa básica não leva nada além de farinha e ovos, já as receitas tradicionais italianas adicionam grappa, anisette e até mesmo suco e raspas de limão ou laranja, umas pedem fermento biológico fresco, outras o químico e outras ainda nem fermento precisam.
Tantas receitas resultam em muitas variações do doce, seja no corte e dobra da massa ou até mesmo em sua textura, eu fazia versões bem distintas, uma a versão mais parecida com o biscoito, que leva fermento biológico, e outra aquela versão parecida com a massa de pastel, que não leva fermento.
A receita, sem versão oficial, foi trazida além mar durante a época de imigração italiana e atingiu o mundo todo, de Brasil a Croácia, cada país tem sua variedade, seu nome e seu modo peculiar de prepará-lo.
Resumidamente o doce é italiano, consumido na época de Carnaval (segundo o livro de Gino Brunetti, Cucina mantovana di principi e di popolo. Testi antichi e ricette tradizionali, de 1981), cortado em formato retangular e então dobrado, como em um nó – recebendo em algumas regiões o nome de fiocchetti – é feito com uma massa de farinha de trigo e polvilhado com açúcar, mas também podendo ser coberto com chocolate, mel, raspas de laranja e servidos com mascarpone.


Sou Berenice, apaixonada pela confeitaria e trabalho com isso desde os 11 anos. Ao longo dos anos, aperfeiçoei minhas técnicas e me tornei muito boa no que faço. Esse espaço online é meu caderno de receitas pessoal aberto ao mundo, onde disponibilizo tudo que sei para aqueles que buscam aprender e se deliciar com a arte da confeitaria. Seja bem-vindo ao meu doce universo!